Hoje não
foi apenas o cinema que ficou mais pobre. “Esta língua que me fez” não precisa
de encontrar pretextos para homenagear o maior embaixador do cinema português
no mundo.
Numa
perspetiva semiótica, é possível encontrar o ponto de fuga definido pelas
linhas literária e fílmica. Os estudos de interartes da segunda metade do
século XX favoreceram a aproximação entre o texto e película, sob o impulso
inovador do teórico francês Christian Metz. Por cá, o professor Vítor Aguiar e
Silva faz também uma lúcida abordagem à contiguidade entre os dois sistemas
semióticos, sublinhando que «o texto fílmico narra frequentemente uma história
[…] e por isso mesmo é tão frequente e congenial a sua relação intersemiótica
com textos literários nos quais também se narra ou se representa uma história».
Foi extensa
a sua vida, foi vasta a sua obra e não menos ampla será a memória do cineasta Manoel Cândido Pinto de Oliveira.
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